A bancada evangélica anunciou nesta terça-feira que vai trabalhar pela  convocação do ministro Antonio Palocci (Casa Civil) para explicar no  Congresso seu aumento patrimonial  por 20 nos últimos quatro anos. Os deputados evangélicos decidiram  ainda encaminhar um pedido de exoneração do ministro Fernando Haddad  (Educação) para a presidente Dilma Rousseff. 
 O motivo da rebelião evangélica é o chamado kit anti-homofobia, com três  vídeos sobre transexualidade, bissexualidade e lésbicas que poderá ser  repassado para estudantes do ensino médio das escolas públicas. 
 Segundo o deputado João Campos (PSDB-GO), o ministro Fernando Haddad  quebrou a palavra e decidiu distribuir o kit sem consultar os deputados  evangélicos e católicos como havia prometido. Os deputados querem ainda  uma CPI para investigar o Ministério da Educação. 
 "Não se admite que um ministro minta para o parlamento e para a  sociedade. Estamos propondo uma CPI para o Ministério da Educação, são  vários os fatores como fraude do Enem e agora a produção de material  para induzir nossos filhos utilizando a rede pública a serem  homossexuais", disse. 
O líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), reagiu à pressão e disse  que envolver o caso da evolução patrimonial de Palocci em outras  discussões era ineficaz. O Planalto tem mobilizado a base aliada para  impedir que Palocci dê explicações no Congresso. Vaccarezza disse que  falou a presidente Dilma Rousseff sobre o kit e com Haddad que informou  que não há material com cena de sexo explicito no material do kit.  "Quero pedir a bancada que não inicie nenhum movimento que não tenha  objetivo claro". 
 O vice-líder da Frente Evangélica, o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ),  disse que Haddad simplesmente rasgou a palavra. "O ministro não pode  fazer papel de mentiroso"
 

